O Presidente da FlorestGal, José Gaspar, participou na conferência “Diálogos da Floresta” promovidos pelo ICNF com o apoio da Direção-Geral do Território. Durante dois dias (23 e 24 de novembro), na Sertã, entidades públicas, privadas, entidades gestoras das áreas Integradas de Gestão da Paisagem, os representantes das fileiras do eucalipto, da cortiça e do pinheiro, produtores florestais, sapadores florestais e representantes da Academia fizeram um caminho de reflexão e diálogo sobre os desafios da floresta e do desenvolvimento dos territórios rurais.
O Secretário de Estado da Proteção da Natureza e Florestas e o Ministro do Ambiente e Ação Climática reforçaram as linhas orientadoras do Programa de Transformação da Paisagem e do seu impacto na resiliência de territórios vulneráveis.

José Gaspar deixou contributos para a reflexão e procura de soluções, na mesa redonda subordinada ao tema “Aplicação no Território”.
A FlorestGal está presente de norte a sul do País gerindo um total de 22 mil hectares, entre propriedades próprias e as áreas de três Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (Aguda, Travessa, Ribeira de Mega). Nos últimos anos tem vindo a executar projetos de reconversão no valor de 4 milhões de euros, para uma área de cerca de 1500 hectares. Estes projetos incidem em áreas muito degradadas, com nível de produtividade muito baixo e com espécies instaladas desajustadas em relação à aptidão ecológica dos territórios. Estas áreas, maioritariamente s de eucalipto localizam-se na zona centro e norte do País, particularmente vulnerável, designadamente: Em Mogadouro 120 hectares, em Figueira de Castelo Rodrigo 273 ha, em Castelo Branco e Idanha 129 ha, além de uma intervenção um pouco diferente com cerca de 450 ha, também em Castelo Branco.
Questionado pelo jornalista, na qualidade de gestor de territórios degradados, o presidente da FlorestGal defendeu uma adequação dos fundos comunitários, de forma a dar respostas eficazes para os problemas do setor. A Florestgal está a realizar operações de recuperação de solos degradados ao nível da sua estrutura e matéria orgânica e com índices de desertificação, em diversas propriedades, e a desenvolver ações integradas com a reconversão de grandes áreas de eucalipto com baixa produtividade, através da instalação povoamentos de azinheira, sobreiro e pinheiro manso, e espécies rípicolas.
“Quando tentamos soluções inovadoras, como por exemplo em Castelo Branco, onde vamos iniciar a utilização de lamas para melhorar a matéria orgânica nos solos, temos inclusive de adaptar equipamentos para poder realizar com sucesso a intervenção. ”É para estas soluções inovadoras, escaláveis para outros projetos que necessitamos “maior flexibilidade dos instrumentos de financiamento”.
José Gaspar salientou ainda que é “fundamental dar valor económico a territórios em reconversão". #CuidamosdaFloresta